domingo, 3 de abril de 2011

Analgesia Peridural Torácica

A anestesia peridural torácica (APT) é hoje extensivamente praticada em todo o mundo, associada ou não à anestesia geral, para cirurgias torácicas e abdominais. A combinação de anestésico local e opióide por via peridural torácica melhora a qualidade da analgesia obtida e, possibilitando o uso de menores doses de ambos, reduz a incidência de efeitos adversos perioperatórios relacionados à dose de cada agente isoladamente. Por essa via pode ser introduzido um cateter para prover um bom controle da dor no pós-operatório, devido a todas essas vantagens temos optado por realizar a anestesia e anlagesia peridural de rotina em nossos pacientes.

Nos ultimos anos temos acompanhados inúmeros pacientes submetidos a cirurgia por videotoracoscopia para resseção de blebs subpleurais e tratamento definitivo do pneumotórax espontâneo de repetição, com a curiosidade de, com certa frequencia, o mesmo paciente apresentar novo episódio de pneumotórax no lado contra-lateral ao operado, necessitando de nova cirurgia. Quando o paciente era submetido ao procedimento por videotoracoscopia antes de termos adotado a conduta de realizar analgesia peridural de rotina, a dor era um fator de más-lembranças no período pós-operatório da grande maioria desses pacientes, pois embora a cirurgia seja realizada através de pequenas incisões, a pleurodese (aderencia das pleuras) induzida por talco é bastante dolorosa. Quando submetidos a nova intervenção já em tempos mais recentes, onde a analgesia por cateter peridural era uma rotina, o mesmo paciente relata um pós-operatório com muito mais tranquilidade e menor taxa de dor.

Por essa experiência, temos indicado de rotina a introdução de um cateter peridural logo antes do paciente dormir para iniciar a cirurgia. Já com uma sedação, que na maioria das vezes causa amnésia, o paciente fica sentado e através de uma pequena punção na coluna é passado um cateter peridural que acompanhará o paciente no período pós-operatório. Esse cateter é ligado a uma bomba de infusão de medicação que possui inclusive um controle, onde o paciente pode apertar um botão para que mais medicação seja infundida. Deixamos o cateter por aproximadamente 72 horas, e no próprio quarto o cateter pode ser retirado.

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